sexta-feira, maio 27, 2011

HOMÔNIMO DO CONTO

thiagO nardOto

Meu conto te conto,
E se conto, te espanto,
Mas, conto os dias.

Disseram do conto,
Só conto o que disseram!
Eu conto quantos disseram.

No conto me escondo,
Mas, conto o que fiz.
Eu conto três esconderijos.

No conto do espanto,
Eu conto um sonho.
E conto nos dedos os muitos desejos!

Na vida do conto,
Te conto da vida.
Das tantas vidas que conto, só conto uma a ser vivida!

Tão vívida no conto
Aqui conto o revés?
Ali conto o dinheiro.

Delícia de conto,
Me conto!
Quantos contos preciso fazer para dizer, que eu conto do amor, e, conto os dias para te ter!

2 comentários:

  1. Dá até vontade de ler de novo, só que olhando para rosas e bebendo um suave vinho tinto do sul da Itália. xD. Muito inteligente. Já mandei uma dessas suas para o Folha de São Paulo.

    Abraços

    Davi Nardoto

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  2. Parabéns, Thiago!

    Como já lhe disse, a simplicidade formal aliada à profundidade temática, é marca consagrada dos grandes poetas.

    Abraços

    Lucas Neiva

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