thiagO nardOto
O dia estava frenético.
Toca o telefone.
Everton atende.
Era um estudante querendo conversar com um jornalista experiente sobre como é ser um jornalista. Toda a equipe estava focada para fechar a edição do dia, pois faltava apenas uma hora para o jornal começar a rodar.
Everton um tanto quanto afobado responde: Estamos no olho do furacão meu irmão, ligue outra hora!
Tum, tum, tum, tum...
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Ta bom! O sr José nem é tão emburrado... Mas, o bigode... idêntico! |
Uma pessoa nem tão querida naquele recinto, nem por isso odiado. Seu único defeito era sua inconveniência que incomodava a todos, a todos sim e sem exceção!
José Botelho Nunes da Silva é chato!
Um senhor carente que se intrometia nas conversas, o diálogo que travava com a equipe frenética da redação era respondido por meio de um ahã como se todos estivessem fazendo parte do diálogo monologal de José Botelho Nunes da Silva.
Apesar da certeza que o senhor José Botelho Nunes da Silva era um homem chato, algumas opiniões se dividiam no recinto na hora do cafezinho. Porque ele era tão chato? As almas mais caridosas o ouviam com atenção, mas a angústia e a paciência sempre eram testadas neste momento.
Ninguém tinha disposição de demiti-lo, e ele dizia de boca cheia que se o mandassem embora outras empresas estavam atrás dele para contratá-lo, Rubens para não contrariá-lo respondia: ahã...
Sua falta de bom senso era tamanha que às vezes ele parava na mesa do chefe departamento pessoal e observava um documento, ficava curioso, e no meio de todos sem se importar ia se encurvando sobre a mesa, pois sua miopia era muito crônica, até conseguir ler o assunto que havia lhe chamado atenção, para ele isso era comum, mas as pessoas viam aquele homem pseudo-idoso, magrelo, encurvado com o rosto quase colado na mesa e ficavam espantadas com tamanha insensatez. De repente Joana grita: Oh senhor Jose! Contenha-se, não pode ficar bisbilhotando os documentos!
Mas, o senhor José dava um sorriso largo com sua taturana mexicana sobre os beiços e voltava seu a olhar para o chão, pegava sua vassoura e o balde e se ia embora como um pingüim, falando “sozinho” e indo visitar o outro recinto, lá tem a Antônia, ela sempre lhe dá um cafezinho e ouve seus causos!
Seus exaustivos causos!
O triste é saber que existem muitos seus Josés Botelho Nunes da Silva...kkkkk
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