Por thiago nardOto
A
imensidão do azul eu a pintei, mas... Divago no desejo de voar alto, e depois,
descansar pousando no galho de uma pitangueira. Livre, voar, quem ousa? As asas
que em mim nasceram sonham em movimentar, bater ao vento, golpear o levíssimo
ar, transformá-lo em uma substância densa, palpável, e assim, voar. Mas as
asas: tolhidas. Permito-me, coragem... O ar agora, vencido é assoalho de pés
cansados, é brisa, é nada, tornou-se o porto seguro da alma, minh’alma molestada
pela audácia – alma audaciosa – abusada por limites indevidamente ampliados...
Me
preciso livre; Liberdade é ser EU, liberdade é EU ser – numa prateleira diante
da imensidão – livre, escolha? Eis o agraciado: um introspecção sem rumo, predestinado a ser, sendo!
Na decisão, a afirmativa do ser e toda a sua concretude, inteiro, traz consigo
as sequelas, a solidão de voar sozinho, simplesmente por ser.
Antagônicos
são os dias que perdem a beleza, até a melancolia perde o sentido, e ao cinza é
atribuído a cor de dias lobotomizados. Incompletos, indecisos, desperdícios.
Não ser, e, ainda assim, sendo apenas uma finalidade definido por outrem, sendo
qualquer coisa; objetos de prazer, número, indivíduo. Quem é não precisa ser
definido por alguém, já é! É completo, sabe voar!
Voar é preciso! Aquele que agora é – eu – conquistou asas diante do firmamento, o infinito, mistérios (...). Desbravar a existência na solidão de quem é a felicidade se torna partilha, o peito se abre, os lábios se movem: Voe bem alto, voe livre, voe comigo, voe ao meu lado!
muuuuuuuuuito show.
ResponderExcluir"Quem é não precisa ser definido por alguém, já é! É completo, sabe voar!"
amei essa frase.
Myriam Nogueira "B2"